domingo, 24 de maio de 2009

Corpo

Quero me prender ao seu corpo, estar em seu mundo, ser seu.
Me entrego e me entrego e sempre sou.
Lhe dou meu tesouro e espero um nada, espero de uma vida mas sempre um nada.
Lhe falo sem pudor, sou apenas um verso, uma rocha que sem dor se fere de sentimentos.
Sou apenas fonte de água limpa, quente e fria, perfumada pelos lírios de minhas margens, tão cândidos quanto minha pele alva que resfria ao entardecer e à noite espera por seu corpo de dormir, assim se aquecer e estar bem.

Me trago apenas o passado, pois futuro não vejo, presente não vivo.
Onde estou?
O que fiz?
O que faço?
Quero apenas sair deste mundo com você em meus braços, entregue em meus braços e te chamar assim...
... Meu caminho de luz, minha sombra aquecida, meu mar talhado de olhar, minha cor sem cheiro, meu cheiro sem corpo, meu corpo no seu corpo.
Te chamo de voz, te acendo de mim, em chamas.


JSN

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